Um homem de 43 anos foi preso suspeito de invadir o celular e compartilhar fotos íntimas de duas mulheres de 26 e 20 anos. A prisão foi após uma denúncia feita na Delegacia de Polícia Civil do Barreiro.
A mulher de 26 anos contou que percebeu que teve o celular invadido e que, após isso, parou o compartilhamento de algumas imagens. Ela começou a receber mensagens ameaçadoras do suspeito.
O suspeito chegou a postar o conteúdo em site de pornografia e enviar o link de acesso à vítima, dizendo que divulgaria para pessoas próximas caso ela não o obedecesse”, explica o delegado responsável, Gabriel Teixeira da Silva.
Por meio de diversos levantamentos digitais e análise de dados, a Polícia Civil conseguiu identificar o suspeito, que é casado com a irmã da vítima e padrinho do filho dela. “Conhecedor de meios tecnológicos e possuidor da confiança da vítima, o investigado conseguiu explorar o conteúdo disponível no celular. Desde então, de forma anônima, vinha promovendo ameaças, chantagens e constrangimentos”, destaca o delegado.
Com as investigações a polícia descobriu que a irmã mais nova da mulher de 26 anos, que na época do crime tinha 17 anos e agora tem 20, também estava sofrendo ameaças da mesma forma.
No dia 9 de maio foi feita uma busca e apreensão na casa do suspeito para coletar provas. “Exercendo o mesmo modo de agir, o investigado invadiu o celular e teve acesso ao conteúdo íntimo da adolescente. Descobrimos que o compartilhamento e o acesso às fotos dela vinham sendo realizados há anos”, esclarece o delegado.
O suspeito ainda tentou atrapalhar as investigações, ameaçando as vítimas. Conforme ressalta o delegado Gabriel Teixeira, além de intervir em investigação policial, o suspeito continuou impondo violência psicológica contra a vítima de 26 anos. “Fato este que veio a agravar o dano emocional, por meio de constrangimento, humilhação e ridicularização em seu contexto familiar”, diz.
O suspeito, que permanece preso preventivamente, responderá pelos crimes de perseguição, invasão de dispositivo informático, divulgação de nudez, violência psicológica contra a mulher e adquirir fotografia e vídeo que contém pornografia envolvendo adolescente. O inquérito policial está em fase de conclusão e será encaminhado ao Poder Judiciário.