Dentro dos ônibus, Cleusa luta contra a violência doméstica e inspira mulheres no Barreiro
Todos os dias, mulheres no Barreiro enfrentam violência e abusos, muitas vezes sem saber como reagir. Em 2017, Cleusa Santos foi violentada em um ponto de ônibus em Belo Horizonte. Desde então, ela decidiu transformar sua dor em ação. Cleusa encontrou uma forma única de ajudar outras mulheres: todos os meses, percorrendo 32 linhas de ônibus no Barreiro e em BH, entregando panfletos e conversando com passageiras sobre como reagir e se proteger em situações de violência e abuso.
Nos panfletos, as orientações são diretas: denunciar o agressor, cortar o contato e buscar apoio. Cleusa também reforça que, se a vítima não tiver uma rede de apoio, há movimentos e ONGs que oferecem assistência psicológica, médica e jurídica. “A informação salva vidas”, explica Cleusa, que em poucos minutos de conversa busca encorajar mulheres a romperem o silêncio e saírem do ciclo de violência. “Sair do ciclo de violência é difícil, mas é possível. Disque 180 e faça o que for preciso para se manter firme. Um passo de cada vez pode mudar tudo”, diz ela.